Cheguei a
casa mais cedo e decidi arrumar as gavetas da cómoda, que estavam num caos. Já
havia algum tempo que andava para o fazer, mas todos sabemos como é: aparece
sempre algo prioritário. Ontem, decidi que tinha de ser.
Despi a
roupa que trazia vestida, e como estava uma temperatura agradável coloquei
apenas um roupão sobre a pele. Apanhei o cabelo num rabo-de-cavalo, pus música
suave a tocar no leitor de CDs – gosto de ouvir música quando estou sozinha em
casa – e deitei mãos à obra.
Aquilo estava
realmente uma vergonha. Era tralha de toda a espécie. Desde revistas antigas
que tinha guardado já não sabia por que motivo, até embalagens quase vazias de
cosméticos que nunca mais tinha usado, havia de tudo. Comecei então a separar e
por no lixo tudo o que não queria, quando inesperadamente me deparei com algo que
me transportou para um momento distante no tempo. Era um par de algemas que o
José tinha comprado uma vez que quisemos experimentar um certo género de jogos
sexuais.
Logo, a
minha mente resvalou para esse momento passado. E o meu corpo, em consonância
com o pensamento, despertou para um prelúdio de sensações luxuriosas que me fizeram
tocar e acariciar sem repressão. Baixei-me um pouco, para apoiar o cotovelo na
cómoda e com a outra mão comecei a masturbar a vagina. Friccionei o clitóris ao
de leve, abri os lábios vaginais com os dedos, introduzi um pouquinho e voltei
a friccionar. Depois, introduzi os dedos um pouco mais. Despertei todos os
sentidos com suspiros e ais. Não demorou a que ficasse bastante molhada, das
minhas entranhas o muco escorreu macio e quente. Comecei num movimento de entra
e sai que me fez soltar gemidos de prazer. Como se fosse o pénis do José a
foder-me como só ele sabe fazer. O orgasmo tornava-se iminente.
Fechei os
olhos, preparando-me para me perder no êxtase e, de repente senti qualquer
coisa encostar-se nas minhas nádegas. Qualquer coisa quente, dura e arredondada,
que deslizou para o meio das minhas coxas e começou a esfregar-se na minha cona.
No primeiro instante, não tomei consciência do que estava a acontecer, mas era
uma sensação tão boa que gemi intensamente. Umas mãos ágeis começaram então a
massajar-me as mamas. Era o José que tinha entrado sorrateiro no quarto.
Livrei-me
do roupão que ainda tinha semivestido e entreguei-me por completo aquele
momento que não esperava de todo. O José começou a roçar o pau cada vez com
mais força na minha rata, até que, agarrando-me pela cintura, puxou-me para si
e penetrou-me com uma só estocada. Eu reagi com um grito de prazer. Aquele pau
potente a apoderar-se da minha cona deu-me uma sensação de invasão deliciosa
como só a verdadeira posse pode dar. O José possuía-me e eu entregava-me com paixão.
Arrebitei
mais o rabo para facilitar uma penetração mais profunda e então ele começou num
vaivém delicado, com o pénis a roçar nas paredes da minha vagina. Todo o meu
corpo se entregou. Naquele momento, eu só queria aquilo, só precisava daquilo.
Sentia-me completa no meu ser mais profundo. O José beijava e dava mordidinhas
no meu pescoço com o mesmo carinho que me fodia. Massajava-me as mamas e
entrava em mim com toda a cumplicidade do mundo. Se havia paraíso, naquele
instante era ali.
Passado
algum tempo, começou progressivamente a aumentar o ritmo, ao mesmo tempo que me
puxava. Dava estocadas fortes, o pau dele batia com vigor no fundo da minha
cona. E eu sincronizava os movimentos com os dele. Alcançamos um ritmo
frenético. Os gritos e gemidos ecoavam no quarto. Sentimos o orgasmo chegar… e viemo-nos
em simultâneo, num êxtase de ascender aos céus.
Ainda
ficamos assim por alguns minutos. Com ele dentro de mim. Até que nos viramos de
frente um para o outro e beijamo-nos longamente.
Foi então,
que ele olhando por cima do meu ombro, viu as algemas que eu tinha posto em
cima da cómoda…
José do Arco e Maria Flor
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