Êxtase



 Com esse jeito que tens de chegar, entraste subtil no quarto onde eu já dormia. Quarto que tantas e tantas vezes é o nosso antro de luxúria. Alcova de amantes incondicionais, de segredos inconfessáveis na nossa sede de sexo e prazer.
Eu tinha-me deitado de rabo para o ar, nua e cheirosa do duche que acabara de tomar. Pois, tu tinhas ficado a trabalhar e pensei que demorarias. Relaxei.
Passado algum tempo, não sei se muito ou pouco, senti entre as minhas coxas um toque aveludado, quente e húmido. Achei que estava a sonhar. E o meu corpo reagiu automaticamente ao sonho. As pernas abriram-se e o rabo arrebitou-se, oferecendo-se aquela fonte de delícias. A tua língua, que sem eu ter ainda a noção do que seria, lambeu-me da vagina até ao rabo. Com lambidelas fortes e longas. Aos poucos abria-me os lábios vaginais, entrando e saindo devagar. Saboreando todo o mel que escorria de mim. E eu gemi. Naquele limbo entre o adormecer e o acordar, senti o prazer da excitação. Era um êxtase inexplicável. Divino, profano, que me arrancava da terra e me fazia pairar nos céus.
Depois os teus dedos entraram em mim, na minha vagina toda aberta para teu belo prazer. E foderam-me. Foderam-me em movimentos circulares e intensos. Senti o orgasmo crescer no meu corpo, de alto a baixo. Mas tu não me deixaste explodir. Antes que acontecesse, paraste. Oh, doce tortura que me ofereceste sem parar. Encostaste o teu pau duro na entrada da minha gruta e esfregas-te essa cabeça gorda, até que a fizeste entrar. Oh, céus. Quanto êxtase me despertaste. Esse teu pau teso a abrir caminho por entre as paredes da minha vagina, alcançando o útero com pancadas fortes, fez-me estremecer. E gritar… gritar loucamente, perante a eminência do desfalecer em golfadas que não podia mais conter. Agora tu não paravas. Davas-me mais e mais na cona, que com convulsões sucessivas te encharcou o caralho de mim.


                                                                                  José do Arco e Maria Flor 

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